Tuesday, February 28, 2006

10 coisas que eu odeio no carnaval

1 - Desfile de Escola de Samba. Não existe nada mais chato do que ver um bando de gente fantasiada, ao som de samba, desfilando no sambódromo.

2 - Desfile de Escola de Samba na TV. Aliás, existe algo mais chato sim, é ter todos os canais da TV sendo tomados pelo desfile, de modo que nem em casa, você fica livre de ter que aturar um monte de mulheres seminuas, agitando a bunda.


3 - Bunda, bunda e mais bundas onde quer que você vá. Não me interprete mal, eu até gosto de uma bela bunda feminina, mas no carnaval, há tanta superexposição de bunda, que até enjoa...

4 - Bailes de carnaval. Existe um modo de piorar o carnaval? Sim. Concentre todo o carnaval em apenas um salão.

5 - Marchinhas de carnaval. Todas são iguais, a única coisa que muda são as letras.

6 - O carnaval é o motivo pelo qual o Brasil é mais conhecido no exterior e é melhor lembrado pelo aspecto sexual da festa.

7 - Descontrole. Durante o carnaval, existe maior descontrole principalmente com sexo e afins. Para muitos a maior diversão nos blocos de carnaval é quanto mais pessoas você beija.

8 - Apelo sexual fortíssimo. Existe até a teoria dos bebês de carnaval, em geral, as pessoas que nasceram no mês de novembro, são filhos do carnaval.

9 - Blocos de carnaval. São praticamente bailes de carnaval no meio da rua, mas com muito, mas muito mais gente.

10 - A cidade esvazia durante o carnaval. Tá certo, isso não é um motivo pra odiar o carnaval, mas pra gostar dele na verdade...

Sunday, February 26, 2006

Fluindo como um rio

Estive tendo uma conversa com alguns amigos e durante esta conversa, chegamos em um ponto interessante.

Para a maioria das pessoas, palavras e idéias são como imensos blocos de mármore, que eles vão esculpindo aos poucos, até que no fim, alcancem a forma que eles tanto desejavam, a custo de muito trabalho e dedicação.

Mas eu não sou assim.

Para mim, as idéias são como um rio.

Elas vão fluindo, sem controle, sem direção e eu as deixo fluir.

Algumas vezes, trabalho duro, para tentar ir mudando o curso do rio, afim de que ele possa correr para a direção que eu quero, mas nem sempre consigo.

Em geral, o rio simplesmente corre, toma a forma que a natureza quis, até alcançar por fim o seu destino, seja ele o mar, uma represa, um lago, ou mesmo a torneira da sua casa.

E assim como um simples viajante que começa a navegar um rio que não conhece e não sabe onde irá terminar, eu vou escrevendo, deixando que minhas idéias me guiem e não o contrário.

Eu não controlo minha mente, é ela quem me controla.

Friday, February 24, 2006

Virando Cartoon


Algumas vezes já ouvi pessoas me comparando a esse ser aí do lado, o Garfield.

Pensemos, como o Garfield é?

Um cara preguiçoso, com uma barriga proeminente, que adora ficar dormindo e fica extremamente mal-humorado de segunda feira, muito guloso, mas (eis a parte boa), é legal, esperto, meio sacana e cheio de carisma e com um olhar cheio de manha que é irrestível (isso é sério, quando me disseram que eu parecia o Garfield, me falaram que era por causa do olhar e foi assim que descreveram o olhar do Garfield...)






Mas sei lá, no fundo eu me acho mais parecido com esse rapaz aí do lado.

Charlie Brown, vulgo Minduim.

Um cara legal, de bom coração, com bons amigos, mas que é meio que azarado, o destino parece não gostar muito dele ás vezes.

Nem sempre as coisas dão certo para ele, mas mesmo assim, mesmo que isso o deixe deprimido, ele continuando indo.

Sem contar que o nosso camaradinha aí, está sempre à procura da sua menininha ruiva, por quem se apaixonou, mesmo tendo visto ela por alguns momentos e nunca ter falado com ela.

A ponte

Perto de casa, existe uma ponte.

Sempre que eu saio de caso, eu passo em frente à ponte e fico imaginando para onde ela vai e por quê ela está lá. Apenas penso, mas não me atrevo a cruzá-la.

Sempre que volto para casa e passo em frente à ponte, fico curioso em saber aonda ela pode me levar, o que haverá do outro lado, mas eu apenas olho para ela e retomo meu caminho para casa.

Até que um dia eu me canso e resolvo atravessar a ponte.

Com muita calma, dou meus primeiros passos na ponte.

Estou inseguro, a cada passo que eu dou a ponte balança, a cada centímetro que eu avanço a ponte reclama do meu peso com seus rangidos.

Me sinto tentado a voltar, mas não, agora que eu estou na ponte, vou chegar até o fim dela.

Pois eu consigo então cruzar a ponte.

Cruzo a ponte e o mundo é o mesmo, do outro lado da ponte, existe um mundo que é igual ao mundo do outro lado da ponte, apenas eu estou diferente, pois não sou mais o mesmo, agora eu sou eu depois de atravessar a ponte.

Quando percebo isso, olho para trás e lamento.

Lamento, pois me dou conta de que não posso usar a ponte para voltar para casa.

A ponte me trouxe até este lado, mas não pode me levar de volta.

Desde então procuro um outro caminho para voltar para casa.

Monday, February 20, 2006

Remoendo a culpa

Por quê eu fiz isso?
Por quê eu não fiz aquilo?
Eu devia ter feito.
Eu não devia ter feito.

Continue a remoer a culpa...

Continue a pensar nos talvezes, nos devias, nos achos .

Viva na incerteza.

Viva no passado.

Viva tentando mudar o que não pode ser mudado

Viva tentando voltar àquele momento para agir diferente, você acha que seria diferente?

Também não venha culpar o destino por algo que deu errado

Pois o destino não passa de uma desculpa dos inseguros, daqueles que ficam se lamentando e remoendo.

PARE COM ISSO.

Esqueça o que passou, mas não esqueça o passado.

Aprenda com ele.

Mude.

Viva o agora.

Ao invés de tentar mudar o passado.

Mude o presente.

Sunday, February 19, 2006

Um pouco mais sobre mim

Gosto de criar títulos e definições para mim mesmo.

"Engenheiro por escolha,
Músico por paixão,
Filósofo por vocação
Sonhador por natureza."

Acho que essa é a definição que mais gosto.

Mas talvez uma das que está mais longe da verdade.

Vivo criando novos títulos, personalidades e definições, à medida que vou tentando me entender, me definir.

Está é minha maior dúvida já há quase 10 anos.

Quem sou eu? O quê sou eu?

Vivo na esperança de me entender. Mergulho cada vez mais nas profundezas da minha psiquê.

A cada camada que penetro, vou descobrindo uma nova faceta minha, mas quando menos espero, percebo que na verdade me distraí e voltei à superfície e que tenho que começar novamente.

Trilho desesperadamente esse caminho, pois quero achar uma resposta.

Na verdade não tenho tanta necessidade de encontrar uma resposta. Pois no fundo, adoro permanecer um mistério.

Mas procuro me entender melhor, pois tenho medo que alguém descubra a verdade sobre mim, antes que eu consiga.

Morro de medo da idéia de encontrar alguém que me entenda melhor do que eu mesmo. Alguém que consiga penetrar dentro do meu ser e ver a verdade, no meio da farsa que eu sou, que eu me tornei.

Só não percebo que quanto mais tento despistar os outros, mais eu me perco.
E com isso, me ferro neste círculo vicioso, nessa armadilha que eu mesmo criei e onde continuo a cair, sempre e sempre.

Mas eu sou um grande mentiroso. Pois sei que no fundo, desejo que alguém consiga me entender sim, desejo encontrar alguém que me decifre e o que mais desejo, é que essa pessoa que consiga essa incrível façanha, seja aquela que eu irei chamar de "meu amor" e que (assim espero), diga que eu sou o seu amor.

Estive pensando

Mais uma vez, estive pensando.
Estive pensando em uma infinidade de coisas.
Bem, talvez não uma infinidade, mas com certeza, andei pensando em um monte de coisas.
Passado, Presente e Futuro
Ontem, Hoje e o Amanhã
Coisas que podem ser
E coisas que com certeza não serão.

Coisas que eu queria que fossem, mas não serão, mas quem sabe serão? Ou quem sabe não serão?

Ser, estar, deixar de ser, existir. Ser ou não ser. Continuar a ser ou deixar de ser.

Sim ou não, dúvida e certeza.

Não existe certeza, existe a dúvida, a esperança do ser, a vontade do acontecer.

Desejar, querer, manter a esperança, apegar-se a ilusões ou não seriam ilusões?

Viver entre esse limite entre dúvida e certeza, pessimismo e otimismo, esperança e desilusão, desejo e mais desejo.

Não sei mais o que esperar, o que irá acontecer, o que se tornará verdade, realidade.

Enquanto não sei, não encontro, vivo no misto entre realidade e sonho e espero apenas, não navegar perdido no mar da ilusão e perder o caminho de volta à Ilha da realidade.

Afinal, por mais isolada e deserta que seja a ilha da realidade, tentar viver apenas no mar da ilusão, não é vida, pois ficará apenas flutuando à deriva sem rumo, até que enfim acabe por definhar. Pois não há como sobreviver apenas no mar da ilusão. O caminho da sobrevivência é o da ilha da Realidade.

Ilha da Realidade X Mar da ilusão.

Que briga épica.

Preciso escolher um lado?

Mas por quê?

Não posso viver na praia da Realidade e continuar a me banhar no mar da ilusão?

Nosso belo amor proibido

Venha meu amor.
Vamos juntos.
Vamos viver nosso amor.
Nosso belo amor proibido.

Vamos nos esconder
Vamos fugir
Vamos para um lugar
Onde possamos viver nosso amor.
Nosso belo amor proibido.

Nosso belo amor proibido?

Mas por quê nosso amor é proibido?
Por quê? Se nos amamos de verdade?
Por quê? Se não estamos enganando ninguém?
Por quê? Se não estamos traindo ninguém?
Por quê? Se só estaríamos traindo a nós mesmos, ao negar esse amor?
Por quê é então proibido este nosso belo amor?

Por quê? Se toda forma de amor verdadeiro é belo e puro?

Nosso amor que só é proibido, porque as pessoas assim o chamam.
As burras e preconceituosas pessoas, que dizem que nosso amor é proibido.
Proibido, porque somos diferentes.
Não somos diferentes um do outro,
Mas somos um casal diferente
Um casal que não é como os outros
Um casal que não segue as convenções
Um casal que nem todos aceitam,
Mas que apesar disso tudo.
Somos um casal que se ama de verdade
E nada mais importa.

Sendo assim então.

Venha então minha querida
Vamos viver então nosso amor
Nosso amor não mais proibido
Vamos viver nosso belo amor.

Monday, February 13, 2006

Sinto falta

Sinto falta da época da faculdade.
É verdade, que depois de 7 anos, não queria mais ver aquele lugar nem fodendo, mas sinto falta daquela época.
Sinto falta da liberdade de morar sozinho, sem ter de ficar me controlando, com medo de deixar meus pais conhecerem meu lado mais podre e obscuro. Sinto falta da liberdade de ir e vir, de simplesmente não ir na faculdade porque não tinha saco, porque tinha vontade de ficar dormindo até as 3 da tarde.
Sinto falta de passar a madrugada acordado, sem fazer nada, apenas apreciando o silêncio e a serenidade que apenas a madrugada e a chuva me trazem.
Ficar acordado, com apenas a Lua e as estrelas como companhia, totalmente imerso em meus pensamentos, em uma época que meu lado depressivo, despertava meu lado poético e filósófico, quando eu conseguia escrever coisas que surpreendiam até a mim mesmo.
Sinto falta de ter controle quase total sobre o que eu devo ou não fazer.

Dormir cedo. Acordar cedo. Ir trabalhar. Voltar do trabalho. Jantar e dormir novamente. Estou cansado disso. Queria ter mais controle sobre minha vida profissional. Ser autônomo, mas um autônomo de verdade, ser escritor. Trabalhar a hora que eu quisesse onde eu quisesse, essa noite na cama, amanhã de manhã no parque e sábado na biblioteca. Mas acho que não levo jeito. Não creio que conseguiria me sustentar apenas desse jeito. É um sonho sim, quem sabe o dia em que eu tiver tanto dinheiro, a ponto de não precisar mais trabalhar eu não faça isso (ah sim, com certeza esse dia ainda chegará....vai sonhando...).

Enquanto isso, continuo indo, sentindo saudade dessa época em que eu tinha mais controle sobre meus horários.
Pelo jeito vou ter que esperar minhas férias mesmo...

Sunday, February 12, 2006

Entrevista comigo mesmo.

Nome: John Stranj
Nome verdadeiro:Ronaldo Augusto Sugimoto. Odeio meu nome do meio
Nome que gostaria de ter: Kenshiro. Gosto desse nome, é japonês e parece ser bem forte, marcante...
O que faz da vida? Meu diploma diz que sou Engenheiro, minha carteira de trabalho, bancário, alguns dizem que sou vagabundo e eu acho que eu simplesmente trabalho demais...
O que gostaria de estar fazendo? Um monte de coisas que não estou fazendo.
Do que você gosta? Eu gosto de tudo aquilo que não odeio.
O que odeia? Odeio admitir que odeio um monte de coisa, sou um cara extremamente intolerante. Odeio Carnaval, odeio futebol, odeio hipocrisia, mentira, falsos intelectuais, intelectuais de verdade que ficam te enchendo o saco, querendo mostrar o quanto são cultos, criança mimada e chorona e mais uma lista interminável de coisas. Sim sou um cara chato, mas fazer o quê?
Música: Uma das minhas maiores paixões nessa vida. Já me meti a tentar tocar contrabaixo, violão, guitarra, gaita, bateria, piano e teclado, até agora baixo foi onde me saí melhor.
Cinema: Outra grande paixão, não gosto de assistir filmes pra fazer crítica ou analisar o filme, asisto pra me divertir mesmo, por isso adoro filmes trash e odeio a maioria dos filmes cabeça, mas alguns eu simplesmente adoro. Sou grande fã do Tim Burton e Akira Kurosawa.
Fotografia: Odeio tirar foto, ou melhor, não tenho nada contra tirar foto ou aparecer em foto, eu apenas odeio tirar foto de mim mesmo, não gosto de como o meu rosto sai nas fotos, só aceito ver meu rosto no espelho de casa.
Religião: Gosto de dizer que sou agnóstico, mas digo isso mais pra evitar passar meia hora explicando exatamente no que acredito e não acredito.
Deus(?) Deus pra mim é a pontinha de esperança que eu tenho de que as coisas podem melhorar.
Uma esperança: Que eu realize meus desejos.
Um desejo: que minha esperança não seja em vão.
Uma verdade: Não sou metade do tolo que as pessoas acreditam que eu sou, nem metade do sábio que eu acredito ser.
Uma Frase: "Foda-se!" Essa frase tem muita força, ela te libera de todas as preocupações.
Outra Frase: "Sem problema." Outra frase cheia de poder, que ajuda a afastar as preocupações.
Um pensamento: "Quanto mais se focar nos seus problemas e continuar a carregá-los consigo, mais eles continuarão a lhe assombrar."
Uma mentira: Sou um cara normal e equilibrado.
Outra verdade: Pense 30 vezes antes de levar a sério qualquer coisa que eu fale.
Um segredo: No fundo sou um cara Sádico, gosto de brincar com a mente das pessoas.
Uma ilusão: Eu sou mais esperto.
Um medo: Ser absorvido pela multidão e me tornar apenas mais um número nas estatísticas.
Morte: Uma verdade. Uma constante da vida. Para muitos a única certeza na vida. Para mim, aquilo que dá sentido a vida, pois a vida só tem valor, porque ela não é infinita.
Outro desejo:
Fazer logo minhas tatuagens, só queria perder um pouco de peso antes.
Meu maior desejo: Encontrar uma namorada. Sinto falta de companhia.
Um pequeno desejo:Conseguir desta vez, manter esse blog vivo e bem visitado.

Monday, February 06, 2006

Um novo (re)começo

Mais um começo, ou seria re-começo?

Mais uma tentativa de expor idéias e pensamentos a todos que queiram ler. Se bem me lembro deve ser a quarta vez ou seria a quinta?

Em todas as vezes me inspiro por algumas semanas, meses até, para depois, perder todo o interesse e cada vez menos postar algo até resultar no derradeiro fim e abandono definitivo.

Não me comprometo, nem prometo, nem juro, nem nego que irei postar aqui sempre.

Irei sim, escrever algo quando quiser, em uma constância inconstante sempre que eu tiver vontade.