O ser humano animal

O ser humano é um animal, isso não há como negar.

Mas é incrível ver que ainda que se considere como um ser evoluído, muito do que um ser humano faz no seu dia a dia, o iguala a um animal (pobres animais, são eles que saem perdendo nesta comparação).

O exemplo mais claro disso, é algo com o que me deparo todos os dias.

Os assentos do Metrô.

O ser humano parece regredir ao estado animal, quando se trata de transporte público.

Logo na plataforma de embarque você já repara as mudanças.

A maioria começa a se posicionar estrategicamente, afim de ficar exatamente, onde ficará a porta do vagão, quando o mesmo parar na estação. Eles se posicionam e quando o metrô chega, eles vão andando, acompanhando a porta, para garantir que eles serão os primeiros a pisar no vagão e consequentemente, os primeiros que poderão escolher os poucos assentos vazios restantes.

Uma vez dentro do vagão, as coisas pioram.

As pessoas parecem predadores no meio da floresta, observando com atenção suas presas (os assentos ocupados), apenas aguardando um momento de descuido das presas (quando alguém se levanta e vaga o assento) e partem para o ataque, apressando-se em tomar sua presa, ainda que ela esteja do outro lado do vagão, isso não importa. O predador persegue sua presa, nem que para alcançá-la ele precise derrubar metade das pessoas no vagão.

Existem alguns que chegam a disputar a mesma presa com outro predador. Não, eles nunca recorrem à violência, mas se valem de outros artifícios para isso.

Eles correm, eles empurram os menores e mais fracos. Eles demarcam o território (já ouvi histórias de uma senhora que para garantir seu lugar no assento, jogou sua bolsa no assento, para evitar que outra pessoa se sentasse).

Comece a reparar um pouco mais nos bichos-homens que estão ao seu redor todos os dias e se pergunte:

"Será que eles são mais bichos, ou mais homens?"